segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Inspiração natural

Foto: Sérgio Augusto Coelho 
(foto gentilmente cedida pelo fotógrafo)

domingo, 28 de novembro de 2010

Produtos de limpeza sustentáveis


Não há como fugirmos do consumo de produtos de limpeza, uma vez que precisamos desinfectar nossas casas, escritórios, lojas, etc. Somos, portanto, expostos a partículas químicas perigosas, que nos causam dano pelo simples contato direto com a pele. A água sanitária à base de cloro, tão utilizada pelas donas de casa como uma potente arma para a limpeza de banheiros, com ação branqueadora de pias, vasos sanitários e azulejos, é capaz de queimar a peles e os olhos, além de ser letal, se ingerida. Este produto libera organoclorados conhecidos por sua ação cancerígena (para mais informações consultar o Wikipédia) e causam terríveis males ao meio ambiente.
A amônia, também presente em produtos de limpeza, não é nociva à natureza, mas, se inalada em grandes concentrações, provoca edema no trato respiratório, espasmos na glote e asfixia.
E há produtos, como o sabão em pó (que demora mais de 20 anos para se decompor), feitos, pasmem, à base de derivados de petróleo. Há alguns anos muitas marcas possuíam também o terrível STPP (trípoli fosfato de sódio), eficiente para a limpeza das roupas, mas poluente de rios.
A maioria dos produtos que vemos nos supermercados estão impregnados de agentes causadores de danos à nossa saúde e ao meio ambiente. Observe os rótulos, leia-os atentamente e tire suas próprias conclusões.
Ao ler as primeiras linhas deste texto você já deveria estar se perguntando: “E agora, o que farei?”. Bem, existem soluções caseiras e empresas preocupadas com a sustentabilidade.
No Brasil ainda não há muitas marcas de produtos de limpeza ambientalmente corretos, porém há alternativas como a marca Cassiopéia (www.cassiopeiaonline.com.br), fundada em 1981, com produtos de formulação vegetal biodegradável, que não poluem o meio ambiente, não causam alergias e são acondicionados em embalagens recicláveis.
Você não precisa ser radical, eliminando todos os seus produtos industrializados e limpando a casa apenas com vinagre e limão. Confesso que não poderia fazer isso, pois gosto de sentir o cheirinho de casa limpa e gosto de uma certa praticidade no dia-a-dia. Mas, certamente, vou procurar substituir os produtos de limpeza mais nocivos pelos biodegradáveis.
A esponja de lavar louças (feita de material sintético), por exemplo, pode ser facilmente substituída pela esponja vegetal (aquela que usamos sob o chuveiro e adoramos). Esta é 100% biodegradável. As outras opções são uma esponja feita de espiga de milho (Spaghetti Scrub), uma espécie de paninho ou toalhinha, bem comum nos Estados Unidos (tenho a impressão de ter visto isso em filmes), que pode ser lavada e utilizada várias vezes, sem acumular bactérias, e uma escova que, embora feita de plástico, possui alta durabilidade.
Pequenas mudanças em nossas vidas geram grandes benefícios e devo terminar esta postagem com uma frase de Benjamin Franklin: "A verdadeira sabedoria consiste em saber como aumentar o bem-estar do mundo." 

Crika

Lírio

 Foto: Sérgio Augusto Coelho 
(foto gentilmente cedida pelo fotógrafo)

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Secador de cabelo (e de mãos)

A vaidade feminina é um fato inegável, mas essa dica serve tanto para meninas quanto para meninos, que se preocupam com os cabelos. Tente usar o secador de cabelo o mínimo possível. Se você costuma deixar o cabelo secar naturalmente, parabéns! Mas, se é do tipo que não fica sem o secador (até porque precisa mesmo deste acessório para ficar linda (o)), reduza o tempo de uso do aparelho.


Quanto mais tempo o secador de cabelo fica ligado, mais CO2 emite.
Uma boa opção é deixar seu cabelo secar naturalmente por uns 20 minutos. Depois disso, use o secador. Ao sair do banho, torça o cabelo com a toalha para retirar o excesso de água (lembro de um cabeleireiro que me ensinou a não esfregar as madeixas, pois o atrito da toalha pode danificar os fios e deixá-los eriçados).
Você pode ser linda e agir de forma ecologicamente correta!
Por falar em secador, ao usar banheiros de shoppings, restaurantes e de outros locais que tenham aqueles secadores de mãos, se possível, deixe de usá-los. Balançar as mãozinhas não serve apenas para secar o esmalte.

Crika

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Óleo de Cozinha



Como você descarta o óleo utilizado na sua cozinha?
A maioria das pessoas tem o hábito de virar a frigideira, após suas frituras, direto no ralo da pia, ou colocar o óleo em alguma embalagem vazia e descartar esta no lixo. Segundo a Sabesp, um litro de óleo de cozinha que chega aos rios contamina cerca de 20 mil litros de água. Muito gente até sabe que não se deve jogar óleo na pia, mas desconhece os motivos. Além da contaminação dos rios, a decomposição do óleo de cozinha emite metano na atmosfera. E este é um dos principais gases que provocam o efeito estufa.
Ainda não se chegou a uma solução ideal para este problema, mas muitos ambientalistas sugerem o reaproveitamento do óleo de cozinha para a confecção do sabão. Outra alternativa é colocá-lo em um vidro ou garrafa pet e entregá-lo a um catador de material reciclável ou às associações de reciclagem do produto.

Para fazer um eficiente sabão perfumado:

- 5 litros de óleo usado e coado
- 500 ml de detergente líquido de coco
- 1 copo americano de fubá
- 1 litro de soda cáustica líquida
- 1 litro de água fervente
- essência de sua preferência
- formas

Modo de Preparo:
Misture, em um balde grande, o óleo, o detergente, o fubá e a soda cáustica. Mexa bem e acrescente a água fervente e a essência de sua preferência. Mexa essa mistura por 40 minutos ininterruptamente.
Ponha a massa nas formas e deixe-a descansar por dez dias, para que endureça. Se colocar a massa, por exemplo, em formas retangulares, corte as barras com uma faca antes que endureça completamente.
É só usar e passar a receita para as amigas.

Obs.: É aconselhável usar luvas e manter as crianças afastadas, durante o preparo do sabão.

Crika

Regra dos 3 erres

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Sacolas plásticas x Ecobags


Por mais anti-capitalismo que você seja, não há como escapar do consumo. Se vivemos em centros urbanos, somos obrigados a consumir: alimentos, roupas, calçados, remédios... Mas, podemos optar pela forma como esses produtos serão transportados até as nossas residências. Como todos devem estar cansados de saber, sacolas plásticas são extremamente nocivas ao meio ambiente. Uma sacola plástica leva cerca de 300 anos para se decompor. Assustador, não? Só no Brasil, os supermercados distribuem 1 bilhão de sacolas por mês. Segundo a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos, quase 1 trilhão de sacolas plásticas é usado a cada ano em todo o mundo.
Uma alternativa para escapar dessas sacolinhas, que estão sempre ao nosso redor, é a chamada ecobag. Eu, particularmente, adoro, pois tenho várias ecobags e acho-as deliciosamente charmosas. E mantenho uma, pequena e dobrável, dentro da minha bolsa. Se saio de casa e acabo dando um pulinho não previsto ao supermercado, opto por acondicionar as compras em caixas de papelão. E há muitos supermercados que vendem as sacolas retornáveis.

Como escolher uma boa ecobag?
- Ela pode ser feita de plástico, pois é um material 100% reciclável, retornável (você irá usá-la várias vezes), além de leve, resistente, seguro e durável. Procure por bolsas de polietileno, ráfia, vinil, TNT, PVC ou PET.
- Ela pode ser feita de juta ou pano 100% reciclável. O linho, por exemplo, é uma boa alternativa. É um tecido elegante, charmoso e vem da planta que, se não cultivada organicamente, requer um mínimo de pesticidas.

Na falta de uma sacola ou caixa de papelão, leve pequenas compras dentro da bolsa. Use a criatividade, peça aos familiares que carreguem (nas mãos) as garrafas de refrigerantes (se você os compra), mas evite ao máximo recorrer às sacolas plásticas.

Crika

A reciclagem e a indústria do papel, parte I

Existem perguntas ainda sem resposta no mundo “verde”. A plantação de árvores, especialmente a monocultura do eucalipto, em países subdesenvolvidos como o Brasil, é apenas uma das partes da ponta do iceberg.


Antes de falar sobre Deserto Verde, químicos para branqueamento de papel e coisas do tipo, temos que parar para pensar em um aspecto cultural e complicado, sério e de solução muito pessoal e difícil, que é o papel higiênico.

Nossa sociedade de consumo nos guia para o conforto e bem estar acima de tudo, inclusive da mãe natureza, e é por isso que enfrentamos tantos desastres naturais e problemas com preservação de espécies.

Isso tudo é ainda mais complicado de se tratar quando o assunto é relacionado com o grande público, que apenas consome e busca sempre o que é "melhor para suas famílias". Muitos consumidores apenas começam a tomar decisões baseadas na preservação do planeta, como no caso da redução do uso das sacolas plásticas.

Apenas nos EUA, e esses são dados estimados do site threehuggers.com, 36 bilhões de rolos de papel higiênico são usados e descartados por ano, o que equivale a 15 milhões de árvores cortadas.

Até agora apenas algumas empresas, como a Kimberly-Clark, tentam amenizar a situação com os ambientalistas e apresentam medidas novas. Desde o rolo sem o tubo de papelão até um rolo com papel composto, com aproximadamente 40% de papel reciclado, são alternativas aos rolos normais, porém com baixo impacto ambiental.

A questão, neste caso, é a de que tanto o papel novo quanto o reciclado usam recursos naturais, como água, e produtos químicos em sua composição, e isso apenas ameniza a questão. O papel higiênico reciclado também perde sua maciez, já que as fibras de celulose não mantem qualidade a cada processo de reciclagem.

Ecologistas sugerem voltar a usar o bidê. Além questões de higiene, há evidente redução nos gastos com água, com a diminuição da produção dos rolos de papel (cada árvore consome cerca de 30 litros de água por dia). As discussões na Europa e América do Norte continuam nesse nível, sem uma ampliação mais séria.

No Brasil, porém, ainda não vi o assunto ser levado a sério na grande mídia. Por isso, vou começar uma série de reportagens para o blog Ecologize sobre o assunto, tentando ver soluções e dicas úteis e praticas para todos.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Lâmpadas I


Eu sempre pensei naquela frase da Madre Teresa de Calcutá: “Sei que o meu trabalho é uma gota no oceano, mas sem ele, o oceano seria menor”. A maioria das pessoas tem o péssimo hábito de justificar seu descaso com o meio ambiente. Alegam que não adianta nada termos uma ação isolada em prol da natureza. Então, para essas pessoas, não adianta reduzir o gasto com energia elétrica, usar menos os carros - que contribuem para o efeito estufa, descartar o óleo de cozinha de maneira adequada - para que as águas não sejam contaminadas. Estamos cercados de pessoas egoístas e preguiçosas e é pensando nelas também que resolvi criar este blog. Mudarmos pequenos hábitos do nosso dia-a-dia não dói e não custa caro. Na verdade, com um pouco de informação, podemos economizar uns trocados e, quando o assunto é dinheiro, muita gente encontra motivação para a mudança.
Você já pensou em trocar as lâmpadas incandescentes da sua casa por lâmpadas fluorescentes?
Muita gente sabe apenas que essas lâmpadas, também chamadas de lâmpadas frias, custam mais caro que as tradicionais, mas a durabilidade é muito maior e a economia é de até 80% (com a conta de luz) em relação às incandescentes. Além da iluminação econômica, a emissão de CO2 (gás carbônico) é mais baixa. Substituir uma lâmpada incandescente, que fique acesa por 4 horas diariamente, por uma fluorescente, chega a reduzir anualmente a emissão de até 70kg (o que ocorre nos EUA) de gás carbônico.
O que também precisamos saber é a forma adequada de descarte dessas lâmpadas, uma vez que elas contém mercúrio, mesmo em pequena quantidade. Se você jogar fora uma lâmpada fluorescente e a mesma se quebrar, o mercúrio contido nela pode penetrar no solo e nas águas subterrâneas, ou mesmo evaporar em forma de um gás tóxico. Recebi uma preciosa dica, há pouco, sobre o site: “Naturalis Brasil”, que cita a “Operação Papa Lâmpadas in Company”. Soube que algumas lojas da rede Pão de Açúcar coletam lâmpadas queimadas para reciclagem, mas ainda não pude checar a informação.
Bem, se não houver mesmo, na sua cidade, ninguém que recolha esse tipo de lâmpada, embrulhe-a cuidadosamente em várias folhas de jornal e jogue no lixo. De forma alguma pense em incinerá-la.
E, para terminar, mesmo que ainda não use a iluminação mais ecologicamente correta, apague a luz quando sair dos ambientes.

Crika

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Pequeno glossário ecológico

Ambientalista: é um termo surgido nos anos 80 para nomear a pessoa interessada ou preocupada com problemas ambientais e a qualidade do meio ambiente. Também a pessoa engajada em movimentos de defesa do meio ambiente ou especialista em ecologia humana.

Biodegradável: é todo produto feito de componentes naturais que, após o seu uso, pode ser decomposto pelos microorganismos usuais no meio ambiente, ou seja, é absorvido por um ecossistema.

Combustíveis fósseis: combustíveis provenientes da decomposição de plantas e animais fossilizados como a gasolina, o querosene, o diesel, o gás natural e o carvão mineral. Estes combustíveis (com exceção do gás natural) geram poluentes e prejudicam a qualidade do ar, além de agravarem o efeito estufa.

Ecologia: é a ciência que estuda os ecossistemas, os seres vivos e suas interações com o meio onde vivem. É uma palavra que deriva do grego, onde “oikos” significa casa e “logos” significa estudo.

Ecossistema: designa o conjunto formado por todas as comunidades que vivem e interagem, em determinada região, entre si e com o meio ambiente.

Efeito estufa: é o aquecimento gradual do planeta que acontece pelo acúmulo de certos gases na atmosfera, principalmente dióxido de carbono ou gás carbônico (CO2). Os gases à base de carbono são chamados de gases estufa e seguram o calor na atmosfera terrestre. Metano, óxido nitroso e gases fluorados também são exemplos destes gases.

Dioxinas: são produtos químicos derivados da manufatura de elementos químicos sintéticos e da incineração de produtos que contém químicos, o que ocorre, por exemplo, durante a fabricação de produtos químicos clorados, especialmente o PVC, e em outros processos que utilizam cloro, tais como o branqueamento do papel. Há 75 diferentes formas de dioxinas e elas são causadoras de câncer, além de danificarem o sistema endócrino, sistema reprodutivo, sistema imunológico e provocarem doenças nos rins, fígado e defeitos congênitos.

Orgânico: relativo aos alimentos ou seus ingredientes, orgânico significa algo cultivado sem o uso de fertilizantes químicos sintéticos ou pesticidas. De forma mais genérica, orgânico refere-se ao que estava vivo recentemente e pode se decompor ou deteriorar. Há, por exemplo, produtos de beleza chamados de orgânicos.

Reciclagem: processo de transformação de materiais usados em novas matérias-primas.

Reciclagem



Um dos primeiros assuntos a serem tratados neste blog é o da reciclagem, não apenas por ser um tema atual, discutido nas escolas, em revistas e programas de TV, mas pela urgência que ele impõe. Se tivéssemos uma cultura de reciclagem de lixo, nosso mundo, certamente, seria bem diferente.
Reciclar é reaproveitar materiais como o papel, o vidro, o metal e o plástico, que darão origem a novos produtos. É processar materiais usados e transformá-los em novas matérias-primas. O alumínio, por exemplo, pode ser reciclado com um nível de reaproveitamento de quase 100%. Incrível, não?
Quando reciclamos, economizamos as fontes naturais (que nem sempre são renováveis), geramos empregos, diminuímos a quantidade de lixo enviada para os aterros sanitários, reduzimos a poluição dos solos, das águas, minimizamos a extração de recursos naturais, economizamos energia, tornamos as cidades um pouco mais limpas, etc.
Lembre-se que: produtos reciclados são fonte de trabalho e renda e de desenvolvimento sustentável.
Se você ainda tem dúvidas sobre quais produtos podem ser reciclados, veja a lista a seguir:

- Metal: latas de alumínio, latas de aço, pregos, tampas, tubos de pasta de dente, cobre, alumínio...

- Papel: jornais, revistas, caixas de papelão, folhetos, folhas de cadernos, embalagens de papel...

- Plástico: potes de plástico, garrafas PET, sacos plásticos, sacolas de supermercado...

- Vidro: potes de alimentos (azeitonas, copos de requeijão, milho verde, conservas, etc), garrafas, frascos de medicamentos e perfumes, cacos de vidro...

Além de preocupada com o meio ambiente, sou artista plástica e sempre gostei de fazer artesanato. Em breve, devo postar trabalhos criados a partir de materiais recicláveis.

Até mais!

Crika

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Apresentação


Este blog surgiu a partir de uma grande inquietação. É fruto do meu sentimento de gratidão para com a mãe natureza que nos acolhe e alimenta, que nos recebe em seu seio e, mesmo diante de tantos maus tratos, luta para sobreviver e cuidar de seus filhos.
Este blog é amor, arte, informação, desabafo, conscientização e entretenimento. É esperança e a tentativa de fazer brotar, em cada coração, a semente da mudança. Precisamos mudar sempre e esta é a grande lição que a natureza nos ensina. Precisamos nos ecologizar de corpo e mente, em pensamentos e atitudes.
Ecologize seu lar, sua vizinhança, seu trabalho, sua família, seus amigos e faça parte da construção de uma novo planeta, de um mundo melhor, mais saudável e mais verde.

Crika

Foto: Nature (www.freephotobank.org)