sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Papel de parede

Papel de parede é uma ótima alternativa, quando se fala em decoração. Podemos dar vida nova aos ambientes da nossa casa com lindos papéis e suas estampas variadas. O problema é que estes papéis, aparentemente inofensivos, podem ser feitos com vinil (conhecido como PVC), que libera as tão terríveis (e já citadas neste blog) dioxinas no meio ambiente.
É importante sabermos também que colas, adesivos e resinas (usados para tacos, papel de parede, móveis...) produzem vapores tóxicos (principalmente formaldeído) durante aplicação e secagem e isso é extremamente prejudicial à saúde.
Por falar em saúde, sabe-se que o PVC, bastante utilizado nos produtos médico-hospitalares, pode ser perigoso aos pacientes, ao meio ambiente e à saúde pública. Outros materiais estão sendo estudados como alternativa para sua substituição.
O PVC contém substâncias químicas (tóxicas) que provocam danos ambientais durante a sua produção, uso e disposição. Sua fabricação demanda grandes quantidades de cloro, que é produzido consumindo muita energia. Há fábricas que, para piorar ainda mais o quadro, usam substâncias tóxicas como mercúrio ou amianto na produção de cloro. Após sua obtenção, a próxima etapa consiste na produção de dicloroetileno, seguido de cloreto de vinil, a base do PVC. Como se não bastasse tudo isso, estes processos geram dioxinas e tanto elas quando o cloreto de vinil podem causar câncer em seres humanos.
Infelizmente, acredito que boa parte do papel de parede que achamos no mercado nacional é feito com papel de vinil (gostaria, sinceramente, de estar enganada). A empresa Mod Green Pod (veja na internet) possui papéis “vinyl-free”.
O papel com recobrimento de PVC é resistente às pequenas agressões diárias e à umidade, mas você acredita que vale à pena cobrir as paredes da sua casa com um produto que é tão prejudicial ao meio ambiente? Pense nisso.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Consumo vs Coleta Seletiva

Adorei a idéia da Cris de fazer esse blog. Sempre me interessei sobre os assuntos ligados à ecologia e ao meio ambiente, mas nunca fui atrás de maiores informações.

Assim, é uma ótima forma de, além de fazer meu próprio dever de casa, tentar ajudar aos leitores que tem as mesmas dúvidas e dificuldades que nós dois em seus lares.

O maior problema ainda é, no meu ponto de vista, o consumo. Porém vivemos num país à margem da civilização plena, em desenvolvimento e progresso até rápido desde que o Plano Real entrou em vigor.

Grande parte dos produtos também são fabricados em países, como a China, sem a menor preocupação com o futuro do planeta, e é muito raro encontrar algo que não venha de lá. Dessa forma, acho utópico pedir às pessoas que consumam menos.

Sim para que consumam de forma mais consciente e de acordo com suas necessidades. Mas o consumo, ainda que de maneira ecologicamente correta, ainda gera resíduos, o que nos leva ao segundo maior problema: a coleta e reciclagem de nosso lixo.

Ainda não conheço município que faça a coleta seletiva em todo o seu território. Geralmente é feito em áreas nobres, e nas periferias continua o caos.

Dessa forma, vou tentar fazer uma série de pequenas matérias abordando o assunto, entrevistando gente envolvida e interessada em resolver a questão, para tentar levantar soluções e não apenas mais e mais perguntas.


Lixo reciclável

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Por que juntamos tantos papéis?


Contas, recibos, notas fiscais
Se tem uma coisa que me aborrece é arrumar a bolsa ou as gavetas da sala e ver aquele monte de papeizinhos de contas, recibos, notas fiscais, etc. É incrível percebermos o quanto juntamos papel e, geralmente, nem nos damos conta disso. Até pouco tempo atrás, eu guardava um monte de panfletos e cardápios de pizzarias e outros serviços delivery, porém acabava utilizando o contato de apenas um desses estabelecimentos.
Dica: Não pegue cardápios de restaurantes que não serão usados. E pague suas contas pela internet, o que evita aquele monte dos tais papeizinhos que vão parar na sua bolsa (além de fazê-la (o) economizar tempo).

Revistas
Eu adoro revistas e confesso ficar de coração partido ao comprá-las, pois parte do papel dessas publicações sofre branqueamento com cloro (que é terrível por causa das dioxinas cancerígenas, como já comentei neste blog). Há revistas especiais que podemos guardar, mas doar as que não queremos mais é uma ótima opção para evitar a produção de lixo. Aprendi, quando era criança, a fazer colares com canudinhos feitos de páginas de revista e cola. E ficavam lindos! Sinceramente não vou parar de comprar revistas e imagino que levará um tempo para que o mundo se conscientize da necessidade da reciclagem e do uso de produtos sustentáveis.
Dica: Doe para os amigos e instituições de caridade as revistas que não quer mais.


Propaganda impressa (panfletos, encartes de supermercados, etc)
O que me incomoda muito também é a propaganda impressa e somos bombardeados com ela a todo instante. Na época da eleição a calçada da minha casa ficava imunda, cheia de panfletos (santinhos) e eu só conseguia ver diante de mim árvores derrubadas e muito CO2 jogado na atmosfera. Quando vou ao supermercado, evito pegar os encartes.
Dica: Leia os encartes nos supermercados ou drogarias e deixe-os no mesmo lugar. Se puder, não receba os panfletos que são distribuídos na rua (há tantas formas de divulgar um produto e esta, certamente, não é mais correta ecologicamente) ou guarde-os para posterior reciclagem.


Este blog foi criado com a intenção de compartilhar ideias e eu seria hipócrita se dissesse que tenho uma casa ecologicamente correta e que não consumo esses produtos tão nocivos ao meio ambiente. Mas, estou mudando e aprendendo, substituindo o que posso (porque as melhores saídas para os problemas ambientais ainda custam caro) e dividindo essas experiências aqui. Adoro descobrir novas formas de minimizar os impactos à natureza, causados por nosso consumismo e nossa vida desregrada, e espero aprender com vocês, trocar informações e ajudar a construir um futuro um pouco melhor, mais tranquilo e saudável.


Crika


quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

A reciclagem e a Indústria do papel II – Florestas Plantadas vs Deserto Verde

Sociedades modernas e estabelecidas dependem do papel para quase tudo. Embalagens, higiene pessoal, livros, jornais e mais dezenas de outros produtos transformaram as árvores em fonte de dinheiro.

No Brasil, 100% da madeira usada na produção de papel e celulose vem de áreas plantadas e reflorestadas, especialmente no Espírito Santo, Bahia, São Paulo e Rio Grande do Sul. O plantio de Pinus e Eucalipto no Brasil começou devido a incentivos do Governo nas décadas de 50 e 60, chegando a isenções e incentivos fiscais que duraram 20 anos.

Grande parte da discussão entre ambientalistas e produtores de celulose e papel no Brasil é sobre o plantio de Eucalipto (65%) e Pinus (31%) como monoculturas, o que geralmente ocorre com os grandes produtores.

A celulose do Pinus é usada na indústria para a produção de papéis mais resistentes, como para embalagens. Já a celulose do eucalipto é usada na produção desde papel para impressão a papeis mais finos, como higiênico e lenços.

São chamadas de Florestas Plantadas, pelas empresas ligadas à Bracelpa (Associação Brasileira de Celulose e Papel) e também por cientistas e pesquisadores de órgãos como a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, a Embrapa, as áreas utilizadas para plantio exclusivo de Eucalipto e Pinus, em detrimento da flora local nativa, como a Mata Atlântica.

“O eucalipto tem uma tripla função altamente benéfica para o meio ambiente: sequestra carbono da atmosfera, é fonte eficiente de produção de fibras e bioenergia e contribui para a recuperação de áreas degradadas”, destaca Dario Grattapaglia, pesquisador da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia em matéria publicada no site da Embrapa.

Em 2009, o Brasil produziu 13,4 milhões de toneladas de celulose e 9,3 milhões de toneladas de papel, segundo dados da Bracelpa. São 2 milhões de hectares de plantio feito pelas empresas da associação, e estimados 6,3 milhões de hectares de Florestas Plantadas no país segundo dados da Associação Brasileira de Produtores de Florestas Plantadas (ABRAF).

Já os ambientalistas consideram esse plantio como extremamente nocivo para o meio ambiente, e por conta de problemas sérios especialmente no estado do Espírito Santo, chamam-no de Deserto Verde.

Segundo Daniela Meirelles Dias de Carvalho, geógrafa e técnica da Fase, uma organização não-governamental que atua na área sócio-ambiental, só no norte do Espírito Santo já secaram mais de 130 córregos depois que o eucalipto foi introduzido no estado.

O pesquisador da Embrapa Florestas, Marcos Wrege, afirma: “O eucalipto é uma alternativa econômica, geradora de empregos, mas que causa impactos ao meio ambiente, por isso a área de plantio deve ser pequena.”

Segundo dados do site Ecolnews, cada árvore de eucalipto pode consumir cerca de 30 litros de água. O regime de corte das árvores deve ser aproximadamente a cada 7 anos, e segundo estudo da Embrapa deve ser interrompido a cada 3 rotações ou ciclos. Ou seja, a cada 21 anos.

Além da possível destruição do solo e vegetação nativas, a produção do papel branco utiliza produtos altamente tóxicos, inclusive cloro. Isso leva à uma preocupação maior, já que o serviço de coleta e tratamento de água, especialmente no interior do país, é praticamente nulo. Segundo dados do IBGE, 2245 municípios brasileiros não possuiam rede coletora de esgoto no ano de 2008.

O branqueamento da celulose é um processo que envolve várias lavagens para retirar impurezas e clarear a pasta que será usada para fazer o papel. Até pouco tempo, o branqueamento era feito com cloro elementar, que foi substituído pelo dióxido de cloro para minimizar a formação de dioxinas (compostos organoclorados resultantes da associação de matéria orgânica e cloro).

Embora essa mudança tenha ajudado a reduzir a contaminação, ela não elimina completamente as dioxinas. Esses compostos, classificados pela EPA, a agência ambiental norte-americana, como os mais potente cancerígenos já testados em laboratórios, também estão associados a várias doenças dos sistemas endócrino, reprodutivo, nervoso e imunológico.


Dicas de consumo (retiradas do site do IDEC)

- Reduza o uso de papel (e de madeira) o máximo possível.
- Evite comprar produtos com excesso de embalagem.
- Ao imprimir ou escrever, utilize os dois lados do papel.
- Revise textos na tela do computador e só imprima se for realmente necessário.
- Dê preferência a produtos reciclados ou aqueles que trazem o selo de certificação do FSC.
- Evite consumir papel cujo branqueamento seja feito com cloro ou hidróxido de cloro. Ligue para o SAC das empresas e exija que elas adotem uma produção mais limpa e com controle de efluentes.
- Use filtros, guardanapos e toalhas de pano em vez dos de papel.
- Recuse folhetos de propaganda que não sejam de seu interesse.
- Separe o lixo doméstico e doe os materiais recicláveis para as cooperativas de catadores. Saiba que 80% do papel que consumimos é na forma de embalagens.
- Organize-se junto a outros consumidores para apoiar ações sócio-ambientais e pressionar o governo a fiscalizar empresas, criar leis de proteção ambiental e programas de incentivo à produção limpa.

Móveis ecológicos


Será que você precisa mesmo daquela mesa de jantar nova?
Comprar móveis novos pode ser uma coisa bem divertida, mas também um crime ambiental. Além das matérias-primas usadas, há o processo de fabricação, as colas, as texturas, o enchimento (de um sofá, por exemplo), o desperdício, o processo da entrega, etc. E sem contar com o fator “consumo”, que deve ser combatido por aqueles que se preocupam com o meio ambiente.
Há opções inteligentes para quem precisa de um móvel novo. Uma reforma pode ser uma boa pedida e deixar o seu sofá com cara de novo. Como sou artista plástica, sou totalmente adepta da reforma. E você pode garimpar móveis usados interessantes em antiquários, conseguir um bom preço neles, e reformá-los. Gente, quer coisa mais chique que um móvel vintage na sua sala de estar? Ninguém mais terá uma sala como a sua. Uma mesa ou cadeira velha pode ser lixada, ganhar uma bela pintura e ficar ainda mais bonita do que a exposta na loja. Outra vantagem: vai ter a sua cara.
Se você precisa mesmo comprar, procure lojas de móveis usados ou empresas que trabalham com materiais reciclados ou reutilizados. Móveis ecológicos estão na moda e são feitos com madeira de reflorestamento e os estofados são de tecido sustentável como algodão ou linho.
Quanto ao móvel que você não quer mais, não jogue-o no lixo, como tantos fazem por aí. Doe! Há amigos que podem precisar dele, ou instituições de caridade. Eu costumo me livrar de coisas que não quero mais (como móveis e roupas) doando. Algumas dessas instituições promovem bazares e possuem oficinas para reformar o que recebem. Além de preservar a nossa amada Mãe natureza, ajudamos os nossos semelhantes.

Crika

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Inspiração natural

Foto: Sérgio Augusto Coelho 
(foto gentilmente cedida pelo fotógrafo)

domingo, 28 de novembro de 2010

Produtos de limpeza sustentáveis


Não há como fugirmos do consumo de produtos de limpeza, uma vez que precisamos desinfectar nossas casas, escritórios, lojas, etc. Somos, portanto, expostos a partículas químicas perigosas, que nos causam dano pelo simples contato direto com a pele. A água sanitária à base de cloro, tão utilizada pelas donas de casa como uma potente arma para a limpeza de banheiros, com ação branqueadora de pias, vasos sanitários e azulejos, é capaz de queimar a peles e os olhos, além de ser letal, se ingerida. Este produto libera organoclorados conhecidos por sua ação cancerígena (para mais informações consultar o Wikipédia) e causam terríveis males ao meio ambiente.
A amônia, também presente em produtos de limpeza, não é nociva à natureza, mas, se inalada em grandes concentrações, provoca edema no trato respiratório, espasmos na glote e asfixia.
E há produtos, como o sabão em pó (que demora mais de 20 anos para se decompor), feitos, pasmem, à base de derivados de petróleo. Há alguns anos muitas marcas possuíam também o terrível STPP (trípoli fosfato de sódio), eficiente para a limpeza das roupas, mas poluente de rios.
A maioria dos produtos que vemos nos supermercados estão impregnados de agentes causadores de danos à nossa saúde e ao meio ambiente. Observe os rótulos, leia-os atentamente e tire suas próprias conclusões.
Ao ler as primeiras linhas deste texto você já deveria estar se perguntando: “E agora, o que farei?”. Bem, existem soluções caseiras e empresas preocupadas com a sustentabilidade.
No Brasil ainda não há muitas marcas de produtos de limpeza ambientalmente corretos, porém há alternativas como a marca Cassiopéia (www.cassiopeiaonline.com.br), fundada em 1981, com produtos de formulação vegetal biodegradável, que não poluem o meio ambiente, não causam alergias e são acondicionados em embalagens recicláveis.
Você não precisa ser radical, eliminando todos os seus produtos industrializados e limpando a casa apenas com vinagre e limão. Confesso que não poderia fazer isso, pois gosto de sentir o cheirinho de casa limpa e gosto de uma certa praticidade no dia-a-dia. Mas, certamente, vou procurar substituir os produtos de limpeza mais nocivos pelos biodegradáveis.
A esponja de lavar louças (feita de material sintético), por exemplo, pode ser facilmente substituída pela esponja vegetal (aquela que usamos sob o chuveiro e adoramos). Esta é 100% biodegradável. As outras opções são uma esponja feita de espiga de milho (Spaghetti Scrub), uma espécie de paninho ou toalhinha, bem comum nos Estados Unidos (tenho a impressão de ter visto isso em filmes), que pode ser lavada e utilizada várias vezes, sem acumular bactérias, e uma escova que, embora feita de plástico, possui alta durabilidade.
Pequenas mudanças em nossas vidas geram grandes benefícios e devo terminar esta postagem com uma frase de Benjamin Franklin: "A verdadeira sabedoria consiste em saber como aumentar o bem-estar do mundo." 

Crika

Lírio

 Foto: Sérgio Augusto Coelho 
(foto gentilmente cedida pelo fotógrafo)

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Secador de cabelo (e de mãos)

A vaidade feminina é um fato inegável, mas essa dica serve tanto para meninas quanto para meninos, que se preocupam com os cabelos. Tente usar o secador de cabelo o mínimo possível. Se você costuma deixar o cabelo secar naturalmente, parabéns! Mas, se é do tipo que não fica sem o secador (até porque precisa mesmo deste acessório para ficar linda (o)), reduza o tempo de uso do aparelho.


Quanto mais tempo o secador de cabelo fica ligado, mais CO2 emite.
Uma boa opção é deixar seu cabelo secar naturalmente por uns 20 minutos. Depois disso, use o secador. Ao sair do banho, torça o cabelo com a toalha para retirar o excesso de água (lembro de um cabeleireiro que me ensinou a não esfregar as madeixas, pois o atrito da toalha pode danificar os fios e deixá-los eriçados).
Você pode ser linda e agir de forma ecologicamente correta!
Por falar em secador, ao usar banheiros de shoppings, restaurantes e de outros locais que tenham aqueles secadores de mãos, se possível, deixe de usá-los. Balançar as mãozinhas não serve apenas para secar o esmalte.

Crika

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Óleo de Cozinha



Como você descarta o óleo utilizado na sua cozinha?
A maioria das pessoas tem o hábito de virar a frigideira, após suas frituras, direto no ralo da pia, ou colocar o óleo em alguma embalagem vazia e descartar esta no lixo. Segundo a Sabesp, um litro de óleo de cozinha que chega aos rios contamina cerca de 20 mil litros de água. Muito gente até sabe que não se deve jogar óleo na pia, mas desconhece os motivos. Além da contaminação dos rios, a decomposição do óleo de cozinha emite metano na atmosfera. E este é um dos principais gases que provocam o efeito estufa.
Ainda não se chegou a uma solução ideal para este problema, mas muitos ambientalistas sugerem o reaproveitamento do óleo de cozinha para a confecção do sabão. Outra alternativa é colocá-lo em um vidro ou garrafa pet e entregá-lo a um catador de material reciclável ou às associações de reciclagem do produto.

Para fazer um eficiente sabão perfumado:

- 5 litros de óleo usado e coado
- 500 ml de detergente líquido de coco
- 1 copo americano de fubá
- 1 litro de soda cáustica líquida
- 1 litro de água fervente
- essência de sua preferência
- formas

Modo de Preparo:
Misture, em um balde grande, o óleo, o detergente, o fubá e a soda cáustica. Mexa bem e acrescente a água fervente e a essência de sua preferência. Mexa essa mistura por 40 minutos ininterruptamente.
Ponha a massa nas formas e deixe-a descansar por dez dias, para que endureça. Se colocar a massa, por exemplo, em formas retangulares, corte as barras com uma faca antes que endureça completamente.
É só usar e passar a receita para as amigas.

Obs.: É aconselhável usar luvas e manter as crianças afastadas, durante o preparo do sabão.

Crika

Regra dos 3 erres

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Sacolas plásticas x Ecobags


Por mais anti-capitalismo que você seja, não há como escapar do consumo. Se vivemos em centros urbanos, somos obrigados a consumir: alimentos, roupas, calçados, remédios... Mas, podemos optar pela forma como esses produtos serão transportados até as nossas residências. Como todos devem estar cansados de saber, sacolas plásticas são extremamente nocivas ao meio ambiente. Uma sacola plástica leva cerca de 300 anos para se decompor. Assustador, não? Só no Brasil, os supermercados distribuem 1 bilhão de sacolas por mês. Segundo a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos, quase 1 trilhão de sacolas plásticas é usado a cada ano em todo o mundo.
Uma alternativa para escapar dessas sacolinhas, que estão sempre ao nosso redor, é a chamada ecobag. Eu, particularmente, adoro, pois tenho várias ecobags e acho-as deliciosamente charmosas. E mantenho uma, pequena e dobrável, dentro da minha bolsa. Se saio de casa e acabo dando um pulinho não previsto ao supermercado, opto por acondicionar as compras em caixas de papelão. E há muitos supermercados que vendem as sacolas retornáveis.

Como escolher uma boa ecobag?
- Ela pode ser feita de plástico, pois é um material 100% reciclável, retornável (você irá usá-la várias vezes), além de leve, resistente, seguro e durável. Procure por bolsas de polietileno, ráfia, vinil, TNT, PVC ou PET.
- Ela pode ser feita de juta ou pano 100% reciclável. O linho, por exemplo, é uma boa alternativa. É um tecido elegante, charmoso e vem da planta que, se não cultivada organicamente, requer um mínimo de pesticidas.

Na falta de uma sacola ou caixa de papelão, leve pequenas compras dentro da bolsa. Use a criatividade, peça aos familiares que carreguem (nas mãos) as garrafas de refrigerantes (se você os compra), mas evite ao máximo recorrer às sacolas plásticas.

Crika

A reciclagem e a indústria do papel, parte I

Existem perguntas ainda sem resposta no mundo “verde”. A plantação de árvores, especialmente a monocultura do eucalipto, em países subdesenvolvidos como o Brasil, é apenas uma das partes da ponta do iceberg.


Antes de falar sobre Deserto Verde, químicos para branqueamento de papel e coisas do tipo, temos que parar para pensar em um aspecto cultural e complicado, sério e de solução muito pessoal e difícil, que é o papel higiênico.

Nossa sociedade de consumo nos guia para o conforto e bem estar acima de tudo, inclusive da mãe natureza, e é por isso que enfrentamos tantos desastres naturais e problemas com preservação de espécies.

Isso tudo é ainda mais complicado de se tratar quando o assunto é relacionado com o grande público, que apenas consome e busca sempre o que é "melhor para suas famílias". Muitos consumidores apenas começam a tomar decisões baseadas na preservação do planeta, como no caso da redução do uso das sacolas plásticas.

Apenas nos EUA, e esses são dados estimados do site threehuggers.com, 36 bilhões de rolos de papel higiênico são usados e descartados por ano, o que equivale a 15 milhões de árvores cortadas.

Até agora apenas algumas empresas, como a Kimberly-Clark, tentam amenizar a situação com os ambientalistas e apresentam medidas novas. Desde o rolo sem o tubo de papelão até um rolo com papel composto, com aproximadamente 40% de papel reciclado, são alternativas aos rolos normais, porém com baixo impacto ambiental.

A questão, neste caso, é a de que tanto o papel novo quanto o reciclado usam recursos naturais, como água, e produtos químicos em sua composição, e isso apenas ameniza a questão. O papel higiênico reciclado também perde sua maciez, já que as fibras de celulose não mantem qualidade a cada processo de reciclagem.

Ecologistas sugerem voltar a usar o bidê. Além questões de higiene, há evidente redução nos gastos com água, com a diminuição da produção dos rolos de papel (cada árvore consome cerca de 30 litros de água por dia). As discussões na Europa e América do Norte continuam nesse nível, sem uma ampliação mais séria.

No Brasil, porém, ainda não vi o assunto ser levado a sério na grande mídia. Por isso, vou começar uma série de reportagens para o blog Ecologize sobre o assunto, tentando ver soluções e dicas úteis e praticas para todos.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Lâmpadas I


Eu sempre pensei naquela frase da Madre Teresa de Calcutá: “Sei que o meu trabalho é uma gota no oceano, mas sem ele, o oceano seria menor”. A maioria das pessoas tem o péssimo hábito de justificar seu descaso com o meio ambiente. Alegam que não adianta nada termos uma ação isolada em prol da natureza. Então, para essas pessoas, não adianta reduzir o gasto com energia elétrica, usar menos os carros - que contribuem para o efeito estufa, descartar o óleo de cozinha de maneira adequada - para que as águas não sejam contaminadas. Estamos cercados de pessoas egoístas e preguiçosas e é pensando nelas também que resolvi criar este blog. Mudarmos pequenos hábitos do nosso dia-a-dia não dói e não custa caro. Na verdade, com um pouco de informação, podemos economizar uns trocados e, quando o assunto é dinheiro, muita gente encontra motivação para a mudança.
Você já pensou em trocar as lâmpadas incandescentes da sua casa por lâmpadas fluorescentes?
Muita gente sabe apenas que essas lâmpadas, também chamadas de lâmpadas frias, custam mais caro que as tradicionais, mas a durabilidade é muito maior e a economia é de até 80% (com a conta de luz) em relação às incandescentes. Além da iluminação econômica, a emissão de CO2 (gás carbônico) é mais baixa. Substituir uma lâmpada incandescente, que fique acesa por 4 horas diariamente, por uma fluorescente, chega a reduzir anualmente a emissão de até 70kg (o que ocorre nos EUA) de gás carbônico.
O que também precisamos saber é a forma adequada de descarte dessas lâmpadas, uma vez que elas contém mercúrio, mesmo em pequena quantidade. Se você jogar fora uma lâmpada fluorescente e a mesma se quebrar, o mercúrio contido nela pode penetrar no solo e nas águas subterrâneas, ou mesmo evaporar em forma de um gás tóxico. Recebi uma preciosa dica, há pouco, sobre o site: “Naturalis Brasil”, que cita a “Operação Papa Lâmpadas in Company”. Soube que algumas lojas da rede Pão de Açúcar coletam lâmpadas queimadas para reciclagem, mas ainda não pude checar a informação.
Bem, se não houver mesmo, na sua cidade, ninguém que recolha esse tipo de lâmpada, embrulhe-a cuidadosamente em várias folhas de jornal e jogue no lixo. De forma alguma pense em incinerá-la.
E, para terminar, mesmo que ainda não use a iluminação mais ecologicamente correta, apague a luz quando sair dos ambientes.

Crika

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Pequeno glossário ecológico

Ambientalista: é um termo surgido nos anos 80 para nomear a pessoa interessada ou preocupada com problemas ambientais e a qualidade do meio ambiente. Também a pessoa engajada em movimentos de defesa do meio ambiente ou especialista em ecologia humana.

Biodegradável: é todo produto feito de componentes naturais que, após o seu uso, pode ser decomposto pelos microorganismos usuais no meio ambiente, ou seja, é absorvido por um ecossistema.

Combustíveis fósseis: combustíveis provenientes da decomposição de plantas e animais fossilizados como a gasolina, o querosene, o diesel, o gás natural e o carvão mineral. Estes combustíveis (com exceção do gás natural) geram poluentes e prejudicam a qualidade do ar, além de agravarem o efeito estufa.

Ecologia: é a ciência que estuda os ecossistemas, os seres vivos e suas interações com o meio onde vivem. É uma palavra que deriva do grego, onde “oikos” significa casa e “logos” significa estudo.

Ecossistema: designa o conjunto formado por todas as comunidades que vivem e interagem, em determinada região, entre si e com o meio ambiente.

Efeito estufa: é o aquecimento gradual do planeta que acontece pelo acúmulo de certos gases na atmosfera, principalmente dióxido de carbono ou gás carbônico (CO2). Os gases à base de carbono são chamados de gases estufa e seguram o calor na atmosfera terrestre. Metano, óxido nitroso e gases fluorados também são exemplos destes gases.

Dioxinas: são produtos químicos derivados da manufatura de elementos químicos sintéticos e da incineração de produtos que contém químicos, o que ocorre, por exemplo, durante a fabricação de produtos químicos clorados, especialmente o PVC, e em outros processos que utilizam cloro, tais como o branqueamento do papel. Há 75 diferentes formas de dioxinas e elas são causadoras de câncer, além de danificarem o sistema endócrino, sistema reprodutivo, sistema imunológico e provocarem doenças nos rins, fígado e defeitos congênitos.

Orgânico: relativo aos alimentos ou seus ingredientes, orgânico significa algo cultivado sem o uso de fertilizantes químicos sintéticos ou pesticidas. De forma mais genérica, orgânico refere-se ao que estava vivo recentemente e pode se decompor ou deteriorar. Há, por exemplo, produtos de beleza chamados de orgânicos.

Reciclagem: processo de transformação de materiais usados em novas matérias-primas.

Reciclagem



Um dos primeiros assuntos a serem tratados neste blog é o da reciclagem, não apenas por ser um tema atual, discutido nas escolas, em revistas e programas de TV, mas pela urgência que ele impõe. Se tivéssemos uma cultura de reciclagem de lixo, nosso mundo, certamente, seria bem diferente.
Reciclar é reaproveitar materiais como o papel, o vidro, o metal e o plástico, que darão origem a novos produtos. É processar materiais usados e transformá-los em novas matérias-primas. O alumínio, por exemplo, pode ser reciclado com um nível de reaproveitamento de quase 100%. Incrível, não?
Quando reciclamos, economizamos as fontes naturais (que nem sempre são renováveis), geramos empregos, diminuímos a quantidade de lixo enviada para os aterros sanitários, reduzimos a poluição dos solos, das águas, minimizamos a extração de recursos naturais, economizamos energia, tornamos as cidades um pouco mais limpas, etc.
Lembre-se que: produtos reciclados são fonte de trabalho e renda e de desenvolvimento sustentável.
Se você ainda tem dúvidas sobre quais produtos podem ser reciclados, veja a lista a seguir:

- Metal: latas de alumínio, latas de aço, pregos, tampas, tubos de pasta de dente, cobre, alumínio...

- Papel: jornais, revistas, caixas de papelão, folhetos, folhas de cadernos, embalagens de papel...

- Plástico: potes de plástico, garrafas PET, sacos plásticos, sacolas de supermercado...

- Vidro: potes de alimentos (azeitonas, copos de requeijão, milho verde, conservas, etc), garrafas, frascos de medicamentos e perfumes, cacos de vidro...

Além de preocupada com o meio ambiente, sou artista plástica e sempre gostei de fazer artesanato. Em breve, devo postar trabalhos criados a partir de materiais recicláveis.

Até mais!

Crika

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Apresentação


Este blog surgiu a partir de uma grande inquietação. É fruto do meu sentimento de gratidão para com a mãe natureza que nos acolhe e alimenta, que nos recebe em seu seio e, mesmo diante de tantos maus tratos, luta para sobreviver e cuidar de seus filhos.
Este blog é amor, arte, informação, desabafo, conscientização e entretenimento. É esperança e a tentativa de fazer brotar, em cada coração, a semente da mudança. Precisamos mudar sempre e esta é a grande lição que a natureza nos ensina. Precisamos nos ecologizar de corpo e mente, em pensamentos e atitudes.
Ecologize seu lar, sua vizinhança, seu trabalho, sua família, seus amigos e faça parte da construção de uma novo planeta, de um mundo melhor, mais saudável e mais verde.

Crika

Foto: Nature (www.freephotobank.org)